Bruxas, livros e feitiços literários

Hoje é 31 de outubro, o famoso Dia das Bruxas, quando as vassouras parecem ganhar asas, os gatos pretos viram protagonistas e as abóboras resolvem sorrir. É o Halloween, essa data cheia de mistério, fantasias e histórias assustadoras que o mundo inteiro adora. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, o Halloween não nasceu nos Estados Unidos.

O nome vem de All Hallows’ Eve, que significa “véspera do Dia de Todos os Santos”. A origem está nas antigas celebrações dos povos celtas, especialmente o festival Samhain, que marcava o fim do verão e o começo do inverno. Acreditava-se que, nessa época do ano, o mundo dos vivos e o dos mortos se misturavam, e os espíritos podiam circular entre nós. Para afastar o que viesse de indesejado, as pessoas acendiam fogueiras e usavam máscaras, um costume que acabou evoluindo para as fantasias de hoje.

Mas o universo das bruxas é muito mais vasto do que as abóboras e os chapéus pontudos. Ele atravessa culturas, séculos e lendas. Um exemplo fascinante é o da Chedipe, a bruxa vampira da Índia. Conta-se que ela aparece à noite, montada num tigre, e visita as casas dos adormecidos para sugar-lhes o sangue. Em algumas versões, a Chedipe persegue homens infiéis ou cruéis, servindo como uma espécie de vingança sobrenatural. É uma figura poderosa e assustadora, misto de espírito, bruxa e vampira, que faz parte do rico folclore indiano.

E é nesse clima de histórias sombrias e fascinantes que a Traça Livraria entra em cena. Entre as nossas prateleiras, você encontra um verdadeiro caldeirão de livros sobre bruxaria, ocultismo, vampiros e literatura de terror. Temos desde clássicos de Poe, Mary Shelley e Bram Stoker até edições raras sobre magia, folclore e tradições antigas. Ler sobre o lado místico e misterioso do mundo sempre foi uma das melhores formas de celebrar o Halloween.

Ah, este curto texto é baseado em fatos históricos e tradições reais sobre o Halloween e o folclore das bruxas, com um toque literário para celebrar a data. E olha que nem falamos ainda das bruxas do fim da Idade Média e do início da Idade Moderna, quando o medo e a superstição moldaram boa parte do que o mundo acredita até hoje.

As crenças em bruxaria já existiam desde a Idade Média (séculos V ao XV), mas as grandes caças às bruxas, com julgamentos e execuções em massa, aconteceram mais tarde, entre 1450 e 1750. Foi nesse período que surgiram tribunais, fogueiras e o famoso Malleus Maleficarum (“Martelo das Feiticeiras”), publicado em 1486, obra que marcou a história da perseguição às mulheres acusadas de feitiçaria.

                             

Felizmente hoje as bruxas têm outro significado: são símbolo de sabedoria, liberdade e poder. E continuam vivas! Então, neste Dia das Bruxas, a dica é simples: acenda uma vela, prepare um chá e abra um bom livro. Pode ser um conto de terror, uma história de bruxas esquecidas ou um estudo sério sobre magia. O importante é deixar o espírito da data entrar pela sua estante e lembrar que os livros também têm seus próprios feitiços.

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