Um repórter na China e o destino dos livros

Este texto foi originalmente publicado no antigo Diário da Traça, em 18 de julho de 2023, por Rabujo. Resgatamos aqui essa reflexão que continua tão atual quanto antes.

Muito já se escreveu e ainda se escreverá sobre o triste destino de muitos livros: tornam-se obsoletos, perdem o interesse do público e acabam esquecidos.
Um bom exemplo poderia ser o volume que passou pelas minhas mãos hoje: Um repórter na China, de Flávio Alcaraz Gomes.

     

Mas, ao folheá-lo, percebi que não é bem assim. Publicado em 1975, o livro é um relato de viagem sincero e curioso, às vezes ingênuo, às vezes desconfiado, dividido entre o choque e o encanto diante da China da época. Não se trata de uma grande obra literária, nem de um estudo profundo, mas sim de um registro honesto de um tempo específico: uma China com Mao ainda vivo, recém-saída da Revolução Cultural.

O mais interessante é comparar aquela China descrita por Flávio com o que sabemos do país hoje. A diferença é gigantesca e dá o que pensar.

Aliás, vale procurar outros relatos de brasileiros que também estiveram por lá, como os mencionados nos links originais do texto. E, para completar essa pequena viagem literária, não dá para esquecer o impagável Henfil na China!

Um repórter na China e o destino dos livros
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