Um ponto de encontro da vanguarda, lugar de saudosistas, nostálgicos e intelectuais, para os ecologicamente corretos ou simplesmente um sebo. Essas são algumas das formas que podemos usar quando nos referimos a Traça Livraria e Sebo. Nascida na metade dos anos 80, da forma mais tradicional possível, no âmago do bairro Bom Fim, o Soho gaúcho como já disseram alguns, com estantes e livros para satisfazer a todos os apetites que lá entravam. E nada mais adequado do que situar uma livraria em pleno local de efervescência cultural.

Próxima ao campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Traça tornou-se mais do que uma livraria sebo. A ideia por trás do balcão era ajudar, quem ali chegava, a encontrar aquele livro em especial, aquele que, de alguma forma, tocava o leitor. Por trás desse nome, e dessa forma de tratar com respeito os livros, está Carmen Menezes, uma apaixonada e colecionadora de livros. Sua pequena Livraria atendia a todos, com a atenção e carinho que igualmente dava a cada novo volume adquirido.

E foi algum tempo depois, já no inicio de 2000, com um misto de inovação e busca por novas tendências que a Traça, acompanhando o ritmo de crescimento irrefreável da internet, entrou no mundo virtual.

Mas para a Carmen, também idealizadora da idéia de criar uma livraria virtual, livro não é apenas bytes, é papel, tinta e, principalmente, coração. E foi esse jeito, de tratar com carinho cada livro que recebe, que a Traça transmitiu a seus cliente: não há apenas bytes, tinta e papel, há carinho e um coração que ama o que faz.

O crescimento virtual logo aconteceu, e a popularização do nome Traça através da internet venceu as barreiras do país, estendendo-se mundo a fora. Um feito e tanto para a Tracinha, tão preocupada em cuidar bem de seus livros, dando-lhes o carinho e o valor que merecem.