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Anais da Biblioteca Nacional - Vol. 66

Anais da Biblioteca Nacional - Vol. 66

Josué Montello

Livro Usado

Editora: Imprensa nacional

Português (Brasil)

Coleção: Biblioteca Internacional de Obras Célebres

Preço normal R$ 15,00
Preço normal R$ 0,00 Preço promocional R$ 15,00
Promoção Esgotado
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Mais Detalhes

Subtítulo Livro Grosso do Maranhão (1ª Parte)
Coleção Biblioteca Internacional de Obras Célebres
Observações Coleção das Produções Literárias mais célebres do mundo na qual estão representados os autores mais afamados dos tempos antigos medievais e modernos. Redatores Principais: Gabriel Victor do Monte Pereira Manoel Cicero Peregrino da Silva Marcelino Menedez y Pelayo Ricardo Palma Alois Brandl e outros. Colaboradores brasileiros: José Verissimo Vicente de Carvalho Artur Orlando Reis Carvalho Constancio Alves Lindolfo Collor João Ribeiro. Coleção da Sociedade Internacional envolvendo Lisboa Rio de Janeiro São Paulo Londres e Paris. Inclui Frontispicio em cores da Historia Romana Manuscrita do século XVI índice de ilustrações e do volume. Prefácio de Paulo Bourget: O ensaio Crítico em França.
Prefácio/Posfácio Pref. de Paulo Borgeut
Ilustrações Com ilustrações
Sobre a Ilustração Fotografias em cores e em p&b.
Assunto Literatura Universal: Séculos XVI ao XIX. Trechos e Ensaios. Obras de vários autores. Literatura Mundial. Teatro. Romance. Fábulas. Poemas. Poesia. Ensaio Crítico em França. Bourget. José de Alencar. O Barba Azul. Perrault. Edmond Rost

Resenha

Biblioteca Verde Papai me compra a Biblioteca Internacional de Obras Célebres. São só 24 volumes encadernados em percalina verde. Meu filho é livro demais para uma criança. Compra assim mesmo pai eu cresço logo. Quando crescer eu compro. Agora não. Papai me compra agora. É em percalina verde só 24 volumes. Compra compra compra. Fica quieto menino eu vou comprar. Rio de Janeiro? Aqui é o Coronel. Me mande urgente sua Biblioteca bem acondicionada não quero defeito. Se vier com um arranhão recuso já sabe: quero devolução de meu dinheiro. Está bem Coronel ordens são ordens. Segue a Biblioteca pelo trem-de-ferro fino caixote de alumínio e pinho. Termina o ramal o burro de carga vai levando tamanho universo. Chega cheirando a papel novo mata de pinheiros toda verde. Sou o mais rico menino destas redondezas. (Orgulho não; inveja de mim mesmo) Ninguém mais aqui possui a coleção das Obras Célebres. Tenho de ler tudo. Antes de ler que bom passa a mão no som da percalina esse cristal de fluida transparência: verde verde. Amanhã começo a ler. Agora não. Agora quero ver figuras. Todas. Templo de Tebas. Osíris Medusa Apolo nu Vênus nua... Nossa Senhora tem disso nos livros? Depressa as letras. Careço ler tudo. A mãe se queixa: Não dorme este menino. O irmão reclama: Apaga a luz cretino! Esparmacete cai na cama queima a perna o sono. Olha que eu tomo e rasgo essa Biblioteca antes que pegue fogo na casa. Vai dormir menino antes que eu perca a paciência e te dê uma sova. Dorme filhinho meu tão doido tão fraquinho. Mas leio leio. Em filosofias tropeço e caio cavalgo de novo meu verde livro em cavalarias me perco medievo; em contos poemas me vejo viver. Como te devoro verde pastagem. Ou antes carruagem de fugir de mim e me trazer de volta à casa a qualquer hora num fechar de páginas? Tudo que sei é ela que me ensina. O que saberei o que não saberei nunca está na Biblioteca em verde murmúrio de flauta-percalina eternamente CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Imagem Livro

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