O sentido de profundidade, de continuidade, de caminho a percorrer....
A intuição é muito presente neste trabalho, que hoje integra uma das coleções mais importantes da minha obra. Talvez, a mais importante que pertença a um grande empresário europeu, que possui mais de 40 obras minhas. As escolhas deste colecionador dão uma densidade à coleção que perpassa grandes períodos de minha vida de artista.
Agradeço à deus que minha obra tenha três grandes colecionadores, e a eles também, obviamente. Se um dia tiver que montar uma retrospectiva, a presença estas coleções é essencial, pois elas se completam.
Mas, voltando à obra, ela é um pastel sobre papel fabriano preto e o detalhe é que ela menciona um fato plástico que só se materializa na exposição seguinte: “Os fragmentos de espelho”, minha terceira exposição realizada em Belém do Pará em 1985; onde a construtividade assume a frente, desconstruído a imagem e as figuras na busca dos limites entre a figura e a abstração.
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