Houve um tempo em que eu não comprava um livro que tivesse anotações. Um livro com anotações era para mim o que um queijo não pasteurizado é para os norte-americanos: impuro e contaminado. Vinte anos atrás...comecei a ver não os méritos, mas o grande interesse das anotações em livros. Cheguei à fase em que até compro um livro por causa de suas anotações mais do que por ele mesmo.

Só no outro dia, por exemplo, comprei em Dublin um exemplar de Solitude Considered...impresso em 1824, simplesmente pela dedicatória... A dedicatória do livro, de 25 de setembro de 1961, é a seguinte:

Para Anne como recordação da nossa sessão de caça aos livros e da noite passada quando ri como nunca. Com meus melhores votos e boa sorte sempre de sua amiga louca por livros,

Mary.