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Diário da Traça

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O Diário da Traça é uma espécie de Twitter privado da Traça - aqui postamos pequenas mensagens sobre o dia-a-dia da empresa, bibliotecas que compramos, novidades do mundo editorial e até alguns de nossos pequenos dramas profissionais.  Uma espécie de balcão de livraria, com aquela conversinha amistosa e simpática.
Exibindo itens de 1981 a 2000 de 3700
27/07/2016 09:34 por Rabujo
Todo molusco é invertebrado.
Todo marisco é molusco.
Logo, todo marisco é invertebrado.

Silogismo válido ou inválido?

26/07/2016 18:02 por Marcelo
Já está disponível o último Literatura de Programa, sobre Manoel de Barros!

Para escutá-lo, basta clicar no banner da home do site da Traça.

Até mais!

26/07/2016 14:42 por Marcelo
    "...he found himself lost through his search for solitude, revolving his deepest beliefs into a unrecognizable mixture that took different shapes in every step he gave, through the long road, patience and inner revolution were his company, though no time could be wasted, he could feel himself as every tree he crossed.


Catanduva, primavera de 1955

(dos "Diários de Pedro Malamado" )

26/07/2016 13:40 por William
E não será a sociedade, a cultura e tudo o mais uma maneira dos seres humanos esconderem sua subserviência a natureza? Basta um dar de ombros dela e inundações, catástrofes, terremotos, tsunamis, etc, nos assolam e acabam com nossas vidas. É tudo uma construção artificial, uma segunda natureza. Mas ainda somos parte dela; nós somos a própria natureza. De onde vem essa dualidade? Provavelmente do medo, da fuga! A natureza é imprevisível e arrebatadora. Tivemos de nos proteger dela ao longo do tempo criando as mais mirabolantes invenções. Enquanto isso os filósofos interpretaram tais fenônemos na ânsia de encontrar uma certeza capaz de domar a fera. Dos que mais gosto são os Pré-Socráticos e sua tendência de pensamento para o exterior, analisando as mudanças do mundo e procurando por um princípio unificador(daí advêm o atomismo por exemplo). Já o romantismo de Rousseau e sua idéia de uma natureza benigna e inata ao humano a meu ver é uma falha cruel cuja bolha de esperança foi estourada por duas guerras mundiais. Enfim, me perdi em minhas elocubrações só para dizer que a natureza é poder, o sexo é poder, a identidade é poder. Em nossa cultura tudo é conflito; eis uma lei natural de destruição que opera tanto em nossa mente como no mundo material. Para tanto, cada geração limpa de seu presente o pó acumulado dos mortos...

25/07/2016 17:25 por Marcelo
"Como poderia ser outro se o outro não era? Ou era? Não sabia de mais nada, só que não controlaria a cólera, que chegava a galope, subitamente, pegava-o despreparado e o jogava no ar, junto com todos os seus planos de se manter calmo, controlável, asseado, saudável, impassível, sem emoções, mesmo diante da mais brutal covardia, ele manteria-se à parte. Sempre à parte, não fosse a cólera, a galope. Como poderia ser outro, se o outro não era?"

(dos cadernos de Pedro Malamado)



22/07/2016 18:05 por Francisco
Uma grande gratificação para mim, como historiador, é quando recebemos livros do final do século XVIII e do início do século XIX. Por exemplo, passou por mim um compêndio fotográfico de Porto Alegre de 1909, onde mostra gravuras e fotografias arcaica do Bom Fim, do Mercado Público, da Rua da Andradas, do Porto, do Hospício São Pedro. Muito legal!

22/07/2016 16:55 por Marcelo
Debaixo da mangueira, assobiando, Juremir chupava manga verde.    Reclamava dos fiapos  presos no seu maxilar inferior, mas continuava a tarefa, assobiando e chupando manga, precisando urgentemente de um dentista, ausência por aquelas bandas. O assovio foi aumentando, a manga estava quase pro fim e um homem com uma maleta foi se aproximando, cortando o crepúsculo infernal em dois, o chão requebrava-se aos seus passos e subiam os vapores presos pela litosfera, foi-se chegando, Juremir com a mão na boca, cada passo quebrando mais o solo, Juremir assobiando, aquarela do Brasil, o homem com a maleta, o sobretudo no calor infernal, nenhuma gota de suor, um samba do Noel Rosa bem direitinho, se chegando, um ai de Juremir, um passarinho que se aproximou, uma formiga que carregava uma plantinha e de súbito escureceu: debaixo da mangueira, Juremir assobiava La Mer, nem viu o homem passar.

22/07/2016 09:21 por William
De andar leve ele vai observando e se esgueirando pelos cantos.
Sentindo os cheiros da casa e entre as pernas se roçando.
Eis um gato, do bigode ao rabo, com olhos de sol e topázio.
Guardião secreto do mistério, profundo, preguiçoso e ereto.
Rolando em seu corpo de lã
- ronronando amor...

Hoje temos a portentosa presença felina com ares de um dândi da gata  Celina aqui na Traça. Fica a dica literária para quem gosta dos bichanos: Eu Sou um Gato, de Natsume Soseki. De profundas análises psicológicas envolvidas num tom de deboche para com os seres humanos, o gatinho protagonista do romance é o narrador  da história e faz uma forte crítica a vida intelectual do Japão da Era Meiji, mostrando a fragilidade dos costumes e a hipocrisia daqueles que o cercam. Por meio desse olhar de fora, Natsume Soseki talvez se aproxime de Machado de Assis, penso eu, comparando-o com "Memórias Póstumas..." na maneira de escrever. De qualquer maneira o livro do gato encanta gerações por ser reflexivo e divertido, sendo um marco da renovação modernista da literatura japonesa.


21/07/2016 17:05 por Marcelo
   No dia em que o homem deu seu primeiro passo na lua: a descoberta do tira-manchas.


    Uma gota de feijão escapou de seu prato e foi parar no prato do homem musculoso e mal encarado que estava sentado a seu lado, mas ele não percebeu a pequena mancha preta no brancume da cerâmica e continuou a comer como o Boi que era.
  
    Tal foi o desespero que sentiu, ao tentar não provocar o escape de outra gota, que derrubou todo o seu prato na calça imaculadamente limpa do homem grande que irritado disse:
   
    - Escuta aqui tampinha ! Você vai é limpar essa calça com a língua! Senão..., e brandia ameaçadoramente os punhos bem na fuça do azarado.
   
    Não teve escolha.

21/07/2016 15:47 por Vera

A Academia comemora 119 anos. E, no dia da festa, foi feita a entrega do prêmio Machado de Assis. Desta vez, Ignácio de Loyola Brandão foi o eleito pelo conjunto da obra: 42 livros de contos, crônicas, literatura infanto-juvenil e romances, traduzidos para mais de dez idiomas.

A notícia do prêmio foi recebida com tanta alegria pelo vencedor que serviu de estímulo para ele retomar um romance parado há mais de um ano. Ignácio de Loyola Brandão conta que voltou a escrever com o entusiasmo de menino.

Do menino de 9 anos que criou um final diferente pra história da Branca de Neve.

“Eu matei os anões. A classe quando acabou deu uma gargalhada e todos viraram e me olharam. Quando o final de uma história espanta e surpreende, ela foi bem-sucedida. E eu uso isso até hoje”, diz o escritor.

O reconhecimento foi um presente especial para o escritor paulista, que daqui a 11 dias completa 80 anos de vida.

“Eu tenho mil projetos ainda. Aos 80 anos. Meus amigos de Araraquara me encontram e dizem: ‘Já aposentou’?  Eu não tenho como aposentar, porque estou cheio de personagens ali dentro”, conclui o Ignácio de Loyola Brandão.


21/07/2016 12:17 por Vera
Entrando para o site uma excelente Biblioteca de Psiquiatria e Psicologia.

21/07/2016 11:41 por William
"One Step for a man, one giant leap for mankind"

Um dia muito especial na história da civilização; 20 de julho de 1969. Hoje fazem 47 anos que um ser humano pisou pela primeira vez em solo lunar. A Lua é o único corpo celeste no qual humanos já pisaram, fato que demonstra o quanto as vastidões espaciais ainda estão inacessíveis a nossa arte de desvendar a realidade que nos cerca. Estar no mundo da Lua é algo que todos experimentamos metaforicamente de vez em quando, mas a experiência concreta dessa viagem é realmente tão significante quanto um espirro. Sim, tudo é tão milagroso que qualquer coisa que façamos já é em si algo grandioso, e traz consigo milhões e milhões de anos de desenvolvimento que convergem para este único momento em que estamos vivendo. O que chamamos de razão a meu ver é uma espécie de espelho da natureza que no vislumbre de si mesma descobre todo o encanto de ser o que se é com a noção de já ter pertencido as estrelas....

20/07/2016 17:54 por Francisco
Hoje é dia do amigo, porém além disso, hoje é o dia internacional do tatuador. Parabéns a todos os artistas da microdermopigmentação! Batalhadores que desenvolvem a orgulhosa arte de aplicação de tinta sobre a pele, que de tão jovial, ainda enfrentam muitos tabus e barreiras diáriamente! Que Porto Alegre seja lar de ainda mais artistas incríveis da tatuagem!

20/07/2016 17:45 por Marcelo
"As ervilhas nasciam conforme um determinado padrão, isto ele podia entender após estudá-las por sete anos seguidos, mas não sabia porque fazia aquilo. Era importante, não sabia o porquê, sentia-se mais confortável com a plantas e era taxado de louco, biruta, um monge maluco, professor de ciências naturais. De amor os outros monges conheciam, não amavam a Jesus? Ele amava as ervilhas.

O que o pobre monge desconhecia era que através das suas descobertas, alguns séculos depois, os homens começariam a brincar de Deus e a abusar das descobertas de Mendel, ocasionando o fim do planeta Terra, como está registrado na Grande História Universal da Via Láctea, de autoria de  Netuniano Guimarães. "

Opinião dos Críticos: O autor busca mesclar fatos reais e ficção para construir uma pequena peça de ficção científica nas trilhas do Mochileiro das Galáxias. Razoável texto, encantou algum ou outro desocupado e raso membro da mesa avaliadora e desagradou gravemente os mais qualificados, como é o meu caso.


20/07/2016 09:28 por William
 
A Treta da Teta

   Fico imaginando qual o problema de amamentar em público aos olhos daqueles que consideram o fato com repulsa. É tão triste constatar a que ponto chegaram as nossas amarras sociais; os seios são vistos com repúdio, ou ainda como um convite para comentários mesquinhos da parte de homens e infelizmente até das mulheres. A mim só me parece mais evidente o nosso distanciamento da intimidade física devido a normas e construções culturais de uma sociedade que progressivamente vai criando mais quadrados em torno de nossa condição existencial. Se o nosso próprio corpo nos ofende está mais que na hora de rever os conceitos que regem o cotidiano. E afinal, qual a diferença da minha teta pra tua teta? Pra quê tanta treta? É só um gesto de amor...

19/07/2016 17:00 por Rabujo
Chegou também hoje ao site uma linda edição da Taschen com a obra de Toulouse-Lautrec!

Toulouse-Lautrec

19/07/2016 16:54 por Marcelo
Passando por aqui a biografia "Dalí - o Bufão Surrealista" de Meryle Secrest.

Lembrando da importância do surrealista, de bigode, para a ruptura da arte com o reino da realidade, em mergulhos profundos nas águas obscuras do inconsciente.

19/07/2016 13:47 por Rabujo

18/07/2016 17:21 por Marcelo



"Era fatal, sempre que passava por um lago, descia-lhe uma vontade incontrolável de se atirar, nadar e brincar na água. Ao sair, dizia que não podia evitar, era um espírito que lhe encarnava e todos aceitavam, um pouco receosos.

De outra feita, não podia contemplar uma vitrine  de roupas, saía a comprar sapatos, "era o espírito", mirava uma confeitaria, comia brigadeiros em demasia, "era o espírito", via uma televisão, prostava-se a ver novelas, "era o espírito".

Afinal, já um nadador, com os pés bem vestidos, bem inteirado acerca da programação da televisão e com diabetes, ninguém mais temia-lhe, diziam que era por conta do "espírito" e se riam."

Espaço para avaliação dos críticos: Pode-se claramente notar neste excerto a falta de informação do escritor acerca de práticas ligadas ao espiritismo, ou a outras doutrinas, que permitem o estudo da ligação da vida terrena com o campo espiritual. Sem esta bagagem, o texto poderia servir somente à comédia, se levarmos em conta a pobre utilização de ironia e sarcasmo, quase caindo no ridículo, mas nem a isto o texto serve, morre sem graça e sem "espírito".

Assinado: Jubileu Mathias Jorge Lima Assunção das Neves

18/07/2016 11:00 por William

Considerada a primeira feminista das Américas, Juana Inés de La Cruz foi uma poetisa e dramaturga nascida no México na segunda metade do século XVII. Viveu quase toda sua vida num convento onde desenvolveu sua obra literária e sozinha aprendeu o latim e o português, além de devorar os clássicos da antiguidade. Sua poesia é pouco conhecida pra esses lados, porém há um livro da editora Iluminuras com o qual me deparei aqui na Traça que é uma raridade para os amantes da poesia. Fica aqui um gostinho dessa obra que é um marco da expressão de resistência a um ambiente opressor.


Hombres becios que acusáis

a la mujer sin razón,

sin ver que sois la ocasión

de lo mismo que culpáis.


Sin con ansia sin igual

solicitáis su desdén,

por qué queréis que obren bien

si las incitáis al mal?


Combatís su resistencia,

y luego con gravedad

decís que fue liviandad

lo que hizo la diligencia.







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