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Diário da Traça

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O Diário da Traça é uma espécie de Twitter privado da Traça - aqui postamos pequenas mensagens sobre o dia-a-dia da empresa, bibliotecas que compramos, novidades do mundo editorial e até alguns de nossos pequenos dramas profissionais.  Uma espécie de balcão de livraria, com aquela conversinha amistosa e simpática.
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17/10/2016 14:43 por Rabujo
Vejam que simpático cartaz da Feira do Livro de Madrid de 1998 apareceu por aqui. Só não entendi bem a funcionalidade da estantinha....

cartaz feira do livro madrid

17/10/2016 14:09 por William
tudo se deve a emoção...

de que me vale saber
a distância entre as estrelas
se não posso sentir a proximidade
de outro corpo?

se o universo
nasceu num instante é em cada
instante que desejo a dimensão
do universo

sentir tudo
em cada pouco
exercita minha razão.


William Osmarin

15/10/2016 10:29 por Rabujo
A deficiência do ensino médio brasileiro é um assunto quente, inclusive aqui na Traça. Vejam a manchete abaixo, sobre ensino, do G1, uma irônica ilustração da deficiência em Português...

Número de escolas ocupadas no PR passa de 440, diz organizadores

14/10/2016 15:33 por Douglas
Meditar não é pensar em não pensar, não é desejar não desejar, não é fazer qualquer tipo de força, esforço,  é simplesmente SOLTAR as rédeas. Os pensamentos continuarão passando, nossa mente pensa continuamente, pensar é nossa essência enquanto mente. Na meditação nós apenas observamos o fluxo intermitente dos pensamentos; não nos detemos neles, não os julgamos, não os analisamos, não os reprimimos, não procuramos os afastá-los, nem nos apegamos a eles, deixamos que sejam, alguns passam rápido, outros permanecem por mais tempo, nós não interferimos no tempo próprio deles, apenas os observamos. Em linguagem psicanalítica poderíamos dizer que o não pensar consiste no não pensar do ego e do super ego, mas o id continua lá, produzindo pensamentos, não temos controle sobre tais, assim como não temos controle sobre os movimentos da nossa língua ou do coração. Esse é o primeiro estágio, e não é fácil, é produto de uma prática constante.
O Segundo estágio é quando passamos a observar o próprio observador dos pensamentos, aí acontece o estágio meditativo propriamente dito, de imenso bem estar, dissolução e relaxamento, tal como aquelas coisas maravilhosas e "extra-ordinárias" (sic) da vida: a música certa no momento certo que te arrebata, o salto de bang jump, a comida perfeita, o desafio superado, o amor correspondido, um por do sol contemplado no cume de uma montanha.


13/10/2016 16:45 por Rabujo
Estamos enfrentando hoje uma conspiração terrível entre a NET e nosso provedor de Internet! Os sistemas oscilam entre o instável e o imóvel. O site está praticamente parado e muitos serviços internos baseados no cloud estão inacessíveis. O Brasil não é mesmo para amadores...

13/10/2016 09:39 por Marcelo
Aproveitando que o Nobel de literatura foi para o Bob Dylan, aqui está mais um belo exemplar de boa literatura em música, desta vez, também em língua inglesa e em duas músicas, ambas do mesmo álbum,  intitulado "A Day At The Races", do Queen, com letras de Freddie Mercury.

São músicas complementares, tanto em melodia quanto em conteúdo das letras. Na primeira, "In The Lap of the Gods", o amor incondicional e a entrega do "eu" ao incerto, ao amor sem salvaguardas, relegando tudo ao colo dos deuses, muito similar com as relações dos sujeitos do "Samba da Volta" de Vinicius de Moraes, onde, tendo passado por exame racional, se entrega tudo a Deus, em nome do amor invoca-se uma proteção sobrenatural, visto que, pela razão, o retorno seria impensável.

Na segunda música, "In The Lap of The Gods... Revisited", temos um sujeito que começa a duvidar do amor romântico e insere alguns elementos mais concretos no que diz respeito à intencionalidade da ação amorosa, identificando no outro, o desejo pela sua condição financeira e pelo futuro do sujeito, como se o outro buscasse nele a materialização de seus anseios, ao que o sujeito enunciador, novamente, recorre ao colo dos deuses, de alguma forma ciente de uma certa ingenuidade na primeira instância.

Aqui estão alguns trechos:


"In the Lap Of The Gods"

I live my life for you

Think all my thoughts with you and only you

Anything you ask I do for you

I touch your lips with mine

But in the end I leave it to the lords

Leave it in the lap of the gods

What more can I do?


"In the Lap of the Gods... Revisited"

It's so easy but I can't do it

So risky but I gotta chance it

It's so funny there's nothing to laugh about

My money that's all you want to talk about

I can see what you want me to be

But I'm no fool

It's in the lap of the gods


"Samba da Volta"

É verdade, eu reconheço,

eu tantas fiz,

mas agora tanto faz

O perdão pediu seu preço,

meu amor

Eu te amo

e Deus é mais


13/10/2016 09:04 por Marcelo
Um guarda-chuva preto, blusa branca, calças pretas, cabelos longos, o vento, uma bolsa a tiracolo, nela, uma rosa cercada por plástico de enfeite, uma resistência ao desabrochar, gotas de chuva, ou respingos dos carros, o efeito de murchar em alguns passos e ontem foi feriado, qual era o seu destino, para onde caminharia? Os olhos fixos no chão e no coração um amor? Uma recordação de mãos entrelaçadas, o interior desbravado, a noite cálida das paixões recém-descobertas ou a temperatura morna das relações postas prematuramente na geladeira, ou aquecidas a banho maria? A rosa, o destino dos passos e a manhã chuvosa da transeunte em flor, restringida pelas muralhas de pvc, as expectativas e as necessidades corriqueiras e transpostas nas suas decisões, não haveríamos de supervalorizar a flor, não bastasse a epifania, quedam-se as dúvidas e a incoercível vontade de abocanhar por inteiro as pétalas, roubar o vermelho vivo por dentre os dentes, anunciar a primavera no momento louco de encontro com a transeunte em flor e dizê-la que a égide de Eros se foi.


Marcelo Valadão


13/10/2016 08:56 por Vera
O cantor e compositor Bob Dylan, de 75 anos, levou o prêmio Nobel de Literatura em 2016. A surpreendente vitória foi anunciada na manhã desta quinta-feira pela Academia Sueca.

"Dylan criou novas expressões poéticas dentro da grande música tradicional americana", diz o comunicado oficial.

Ao longo de sua carreira, que já dura mais de 55 anos, o americano lançou 37 álbuns, sendo o último, "Fallen angels", em maio deste ano. Entre seus principais prêmios estão onze Grammys, um Oscar e um Globo de Ouro.

Sara Danils, secretária permanente da Academia Sueca, descreveu Dylan como um "grande amostrador. E há 54 anos ele tem se reinventado. A começar por 'Blonde on blonde', um exemplo extraordinário de sua maneira brilhante de rimar, juntando refrãos, e de sua maneira brilhante de pensar".

Danils admitiu que a escolha pode parecer surpreendente, mas defendeu-a: "Se você olhar para um passado distante, há 5.000 anos, vai descobrir Homero e Safo. Eles escreveram textos poéticos que foram feitos para a performance, e o mesmo acontece com Bob Dylan. Nós ainda lemos Homero e Safo, e gostamos".

A primeira incursão de Dylan pela literatura foi com "Tarântula", um livro de poesias experimentais que escreveu entre 1965 e 1966 e lançou em 1971. Em 2004, Dylan liderou listas de mais vendidos com "Crônicas - Vol. 1", a primeira (e até agora única) parte de sua autobiografia. Ele publicou ainda seis livros dedicados a sua arte visual e outros tantos com as letras de músicas que escreveu.(O Globo)


11/10/2016 15:06 por Rabujo
Vejam só que simpática a dedicatória de Malba Tahan em um exemplar de O Homem que Calculava:

O Homem que Calculava com Didicatória

11/10/2016 13:28 por William
Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés


Nascia há 108 anos o ilustre Angenor de Oliveira; ele mesmo! Cartola! O maior sambista da música brasileira. Compositor, violonista, poeta, cantor e arrebatador de corações, nos deixou esse clássico da vida, "O mundo é um moinho", além de "As rosas não falam", "Preciso me encontrar", "Acontece", "Peito Vazio", entre outras. É isso aí! Em sua homenagem, vá até o bar de esquina mais próximo da sua casa e beba uma cerveja barata e gelada com os amigos.


11/10/2016 09:28 por Marcelo

Claustrofobia

Como abrir uma janela travada no ônibus,
levantar as persianas alheias,
deixar entrar os mosquitos,
dormir no chão da área,
fumar na sacada,
subir no terraço,
sentar na areia,
sentir as folhas,
arejar os
versos.



Marcelo Valadão

10/10/2016 17:22 por William

With the Man


Aqui
no oeste
todo homem tem um preço
uma cabeça a prêmio
índio bom é índio morto
sem emprego
referência
ou endereço
tenho toda a liberdade
pra traçar meu enredo

Nasci
numa cidade pequena
cheia de buracos de balas
porres de uísque
grandes como o grand cayon
tiroteios noturnos
entre pistoleiros brilhantes
como o ouro da califórnia
me segue uma estrela
no peito do xerife de denver.


(Poeminha do Leminski sobre Walt Withman)


E pra quem não tem o fôlego de encarar as "Folhas de Relva", fica aqui a opção de ler "Folhas das folhas de relva", uma edição simpática da editora brasiliense, que foi inclusive meu primeiro contato com a obra desse grande mestre da poesia norte-america.

10/10/2016 14:57 por Marcelo
Uma gota de suor precipitava-se pela sua bochecha, os óculos de grossos aros pretos, quase completamente embaçados, os pés encontravam as lajotas frias, contando os azulejos da parede, quatro brancos para um preto,

da porta a velha sinalizava, as casas
sem numeração, um açougue,
um jardim sem verde, a fonte
escassa aos sinais da mão enrugada,
os monstros da culpa, um cutelo, uma corda,

respirando, as gotas desciam ao chão, abrindo caminho.


Marcelo Valadão

10/10/2016 09:51 por Rabujo
New Atlas traz uma excelente matéria sobre os livros e documentos científicos mais valiosos, inclusive com preços obtidos em leilões recentes. Publicarei aqui os links para a lista, dividida em lotes de 10. Comece por aqui!

artis memora


10/10/2016 08:49 por Rabujo
Estou tentando entender esse tal não-pensar do Budismo há uns 40 anos...sem muito sucesso. Parece que não devo tentar entender, é só desligar alguns circuitos neuronais e pronto! Pois é, minha mente analítica não gosta da idéia e só para de pensar em situações extremas, como pilotando motos em alta velocidade ou em outras práticas radicais. Como não tenho mais idade para fazer essas coisas, o resultado é uma mente pensante em tempo quase integral, o que é um tanto desesperador, convenhamos. Não tendo uma casa como a do post anterior, que poderia ajudar na meditação, pergunto: onde é o templo budista mais próximo?

10/10/2016 08:43 por Rabujo
Bom dia! Para começar a semana...a casa ideal da Carmen...isolada, no meio do mato, sem gente chata por perto, num local frio, com lareira e uma enorme biblioteca...

casa ideal Carmen

07/10/2016 15:35 por Douglas
"O Budismo não é uma Religião"?

Essa afirmação bastante recorrente e aqui colocada em forma de questão não pode ser respondida sem se levar em consideração tanto o que se está entendo por "religião", como pelo o que se está tomando por "budismo", uma vez que o último, ainda mais que o cristianismo, é repleto de interpretações, linhas e orientações, dissidências, etc.
Tal como Plutão já foi um planeta e depois deixou de o ser, sem que nada no objeto físico tenha mudado, pois o que mudou foi a definição do conceito de "planeta"; também o conceito de "religião" já teve diferentes definições em sua história, sofreram modificações, e muitas dessas definições ainda coexistem e concorrem entre si.
Se considerássemos como definição correta de determinado conceito a sua definição original, certamente o budismo não seria religião, tampouco o seriam o hinduísmo, zoroatrismo, politeísmos, animismos, totemismos, shamanismos, etc. Apenas as três grandes religiões monoteístas (Cristianismo, Judaísmo e Islamismo) poderiam ser chamadas, com propriedade, de "Religião", uma vez que o termo se origina do latim "religare", i.e., religação, tanto para com um deus único que é pai, pessoal portanto, como para com os irmãos, ou seja, a humanidade: a religação da família universal.
Mas a linguagem não tem poder de polícia, embora muitos filósofos de orientação analítica reivindiquem para si esse papel; ela, assim como tudo no mundo, está sujeita ao Devir, sofre mutações, "nasce, cresce, se reproduz e morre".
Se levarmos em consideração o Dhammapadha, clássico budista, muitas vezes atribuído, pelo menos em grande parte dos seus versos, ao próprio Buda histórico (Sidarta), pode-se perceber que o Budismo, tanto quanto a Filosofia no ocidente, não se apresenta como uma proposta dogmática, com um panteão de divindades próprios, uma mitologia e um rito; mas sim antes, como uma prática, uma técnica de cultivo de si. Tal como Sócrates mencionava as divindades do panteão grego (ainda que de forma simbólica, pois é bem provável que o pai do moniteísmo filosófico, não acreditasse na existência de fato das mesmas), Buda mencionava as divindades do panteão hinduísta; em ambos os casos, um recurso retórico de lugar-comum para atingir seu público alvo, seus conterrâneos contemporâneos.
Também a crença nos ciclos de renascimento que Buda menciona não é nenhum dogma próprio, mas a crença difundida na Índia daquele tempo, e ainda hoje.
Porem é fato que hoje, sobretudo no Oriente, como fenômeno social, o Budismo possui templos, textos sagrados, um conjunto de ritos e deuses. etc. Se levamos em consideração a definição de religião propriamente sociológica, é difícil não considerá-la como, sim, uma Religião.
Por outro lado, algumas vertentes do Budismo, tal como na sua forma original, podem muito bem ser utilizadas por qualquer leigo, seja ateu, agnóstico ou umbandista, assim como a Filosofia ocidental (redundância!) para o cultivo de si e do bem viver (com a diferença fundamental, é claro, que enquanto a última o faz por meio do escrutínio crítico e pensamento racional, a primeira o procura por meio da prática meditativa do não pensar...).

Resumo da ópera:
O Budismo é uma Religião?
Depende

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