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Diário da Traça

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O Diário da Traça é uma espécie de Twitter privado da Traça - aqui postamos pequenas mensagens sobre o dia-a-dia da empresa, bibliotecas que compramos, novidades do mundo editorial e até alguns de nossos pequenos dramas profissionais.  Uma espécie de balcão de livraria, com aquela conversinha amistosa e simpática.
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27/10/2016 15:19 por Rabujo
Enquanto isso...a banca da Traça na Feira do Livro de Porto Alegre vai ganhando forma!

feira do livro 2016

27/10/2016 14:33 por William

Constelações




O tempo parou...

Posso pegar os pensamentos
em pleno voo

- com a mão.

E separar os bons dos ruins
como minha mãe faz
com o feijão.



William Osmarin

27/10/2016 13:58 por Vera
Nesta semana foi cadastrada uma grande quantidade de livros sobre Espiritismo e Esoterismo. Em breve estarão disponíveis no site.

27/10/2016 12:05 por Marcelo
"Ouves o grito? ouve-lo mais alto, sempre mais alto e mais fundo?... - É preciso matar segunda vez os mortos."

(de "Humus" de Raul Brandão)

Era incômodo, os gritos da rua impediam que assistisse a televisão, nada de televisão aberta, Nosferatu, desempregado, tinha tempo, os periquitos enjaulados, fome, já não podia comprar, o banco cancelou seu crédito, não se informou: não podia sair. Ao pisar na rua, a multidão lhe atacou.

(das "Observações da Era Pós-Revolução Informacional" de Pedro Malamado, Bertioga, 2050)

27/10/2016 11:46 por Rabujo
Existem muitas almas ingênuas por aí, gente cheia de boas intenções  e pensamentos felizes. Gente que ainda não entendeu para onde estamos indo, e estamos nos encaminhando para o HORROR ABSOLUTO: China pretende atribuir notas a seus cidadãos.

Leia o texto, nem que seja pela tradução horrorosa do Google, e pense em como será sua vida. Nem Orwell nem Huxley nem Zamiatin nem qualquer autor de Ficção Científica que eu conheça foram tão longe.

27/10/2016 11:24 por Marcelo
"Existem relatos de alguns espécimes de cavalo que, quando encilhados, passam a ter hábitos carnívoros. No entanto, o mais peculiar é que estes animais de alimentação conspícua, tenham predileção pela carne de outros animais ou seres humanos que possuam alguma negativa predisposição com seus donos que, ao fim de suas turbulentas vidas, se indispõem com os próprios cavalos, que se comem até a morte."


(dos "Apêndices Perdidos de Darwin" de Pedro Malamado, a bordo do H.M.S. Beagle, próximo à cidade do Rio de Janeiro, 1832)

27/10/2016 11:00 por Marcelo
Era possível ver a fumaça dos pães, quentinhos, a manteiga lhes aguardava, derreteria e tornaria oleosa a sua boca, café preto a enxaguar, o padeiro colocou-os no saco de papelão, retirou a caneta da orelha e antes de anotar o pedido, perguntou como andava a sua família.

- Bem. Respondeu.

- E dona Eustácia?

- Bem também. Em casa, ainda dormindo.

- Êta vida boa! Ela merece!

- Sim, um sábado de puro descanso.

- Mas imagino que, pela quantidade de pães, vocês estejam esperando visitas!

- Talvez o meu irmão apareça. Disse ele tamborilando os dedos no cós da bermuda.

- Nada melhor. Sabe que não vejo o meu há muito tempo? Desde que me mudei para cá, nunca mais vi ele. Mas parece que ele vem acompanhado hein? Qüatorze ( fazia questão de pronunciar o trema ) pães! Não tá fácil para ninguém hein?

- Sim, sim. Respondeu, olhando fixamente para a ponta da caneta.

- Mas pelo jeito o senhor está muito bem! Qüatorze pães! Um banquete! Escuta, aquela moça que o senhor trouxe aqui uma outra vez, apareceu. Perguntei a ela sobre você. Afinal, só de fim de semana é que podemos conversar! Qual era o nome dela? Alexandria, Nínive, não lembro. Imagina, chamei-a de Dona Eustácia!

- Senhor, por favor, preciso ir, ela me espera em casa e preciso dar comida pros gatos. Aquelas bolas de pêlo! Apostou um sorriso.

- Não tem problema, disse anotando os valores para o caixa, uma última coisa. Você sabe que eu não gosto de me meter na vida dos outros. Mas sabe como é! Não consigo deixar de observar as coisas. Sabe que daqui vejo o portão da sua casa. Parece que anda recebendo muitas visitas hein? Não acho que a polícia deva ver isto com bons olhos. He he, sabe como eles são: antiquados.


(de "Terror e Miséria na Quarta Padaria" de Pedro Malamado, algum lugar do Brasil, 2016)

27/10/2016 09:21 por William
Você sabe o que todo mundo vive dizendo:

"Aproveite o momento?"

Eu não sei,
Penso que talvez seja de outro jeito, sabe,
como se o momento
se aproveitasse
da gente.


Boyhood, cena final.

26/10/2016 17:43 por Rabujo
De um artigo de Gustavo Nogy, citado por Rodrigo Constantino, sobre a situação da Educação no Brasil:  Os professores são ruins. Os alunos são ruins. Os pais são ruins. A estrutura é ruim. O currículo é ruim. Os burocratas são ruins.

Pergunto: O Que Fazer?

26/10/2016 16:10 por Marcelo
" - Sei que é estranho ter um fogo aceso nesta época do ano, mas, em minha atual situação, sinto calafrios com freqüencia e, assim, vem um cara aqui e mantém as lareiras em funcionamento... Oh, não estou sendo muito polido. Posso lhe oferecer alguma coisa para beber? - Começou a se erguer da cadeira. Notei que o esforço lhe era penoso.
 (...)
Ouvi-lhe o grito da cozinha:

- Tem certeza de que não quer nada? Fabrizzio me disse que você nao bebe. Você é puritana, ou alguma outra coisa?
- Sim, suco de laranja - gritei em resposta, de minha cadeira."

De Xaviera, de Xaviera Hollander

26/10/2016 15:21 por Marcelo
O explorador foi chamado a sentar na tribuna, ao lado do juíz, em uma cadeira destinada a convidados ilustres. Dali era possível ver até a última pessoa presente no tribunal. Um caso célebre.  Os espectadores acotovelavam-se para estar mais próximos do assassino que nos últimos dias, apresentou-se taciturno, a cabeça baixa, deixando-se arrastar pelos agentes da polícia sem mais nem menos. No terceiro dia do julgamento, o nariz era altivo e uma espécie de calma transpassava sua fronte.

Ele teve permissão de entrevistá-lo privativamente, tratava-se de um cidadão normal, vivia de pequenos empregos, ia aos sábados nadar ou ver cinema com a namorada e assistia o pôr do sol dos domingos da janela de seu apartamento.

Sua mãe morrera há pouco,  as pessoas do asilo onde a velha morava, disseram que ele não verteu uma lágrima sequer, o que foi propagado pelos tablóides da cidade, provocando uma onda de raiva incoercível, que tinha, naquele dia, seu ponto de ruptura.

O assassino foi chamado à frente, condenado à morte, concederam-lhe as últimas palavras. De um púlpito, ao lado do explorador, ele disse:

- Vejo que vocês se reunem, se apinham para contemplar meu sofrimento. Qual escárnio ainda mereço? Eu que nunca estive completamente absorto pela sua cidade, que sempre abstive-me das intimidades, ignorando os comentários malignos para apenas viver em meio da sujeira de suas rotinas vazias. Sim, não chorei no enterro da minha mãe e matei um homem porque podia e também por conta do calor excessivo, os raios perfuravam minhas pálpebras e o disparo ecoou pelas dunas. Deveria estar em prantos, como a maioria de vocês se lamenta pelas mínimas coisas. Eu prefiro meu destino, a morte, do que estar no meio de vocês pela eternidade.

Mal terminara de se pronunciar, foi carregado pelo capataz para o cadafalso no qual a forca estava instalada. A corda envolveu seu pescoço e ele cuspiu no chão. A multidão ensandecida ria cada vez mais alto, como numa convulsão generalizada, como se fossem um só corpo a gargalhar como um gigante bêbado.

(aventura!)

No momento em que as escotilhas se abriram, o explorador atirou na corda, sinalizando no ar, quatro carros surgiram do nada, cinquenta homens com metralhadoras, os tiros.

O assassino descobria o cheiro da terra sobre a qual estaria morto e o sangue da multidão respingava pelas frestas de madeira, atingindo seu rosto.


Marcelo Valadão

26/10/2016 15:01 por Rabujo
A Feira do Livro de Porto Alegre começa na próxima sexta-feira! Por enquanto, a banca da Traça está assim...

Banca da Traça Feira do Livro 2016

26/10/2016 12:22 por Rabujo
Pois é, vem aí a reforma da Previdência - e problemas de aposentadorias e pensões não são novidade no Brasil! Vejam o documento abaixo, de 1898, citando legislação de 1796, tomando providências quanto à pensão de uma viúva. O ministro da Fazenda era Bernardino de Campos, como se pode ver na assinatura.

pensão

26/10/2016 09:19 por William




Fui engolido inteiro pelo meu deserto.
Todas as buscas realizadas não descobriram o meu paradeiro.
A única coisa que sei
é de ainda estar nele.

William Osmarin

25/10/2016 14:53 por Marcelo
"Oserve con todo esmero
adonde el sol aparece;
si hay nebliña y le entorpece
y no puede oservar,
guardesé de caminar,
pues quien si pierde perece."

De Martín Fierro. Estrofe nº 1506

25/10/2016 13:00 por Tracinho
Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves,
Dentro do coração,
Assim falava a canção que na América ouvi,
Mas quem cantava chorou ao ver o seu amigo partir,
Mas quem ficou, no pensamento voou,
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou no pensamento ficou,
Com a lembrança que o outro cantou.
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito,
Mesmo que o tempo e a distância, digam não,
Mesmo esquecendo a canção.
O que importa é ouvir a voz que vem do coração.
Pois, seja o que vier,
Venha o que vier
Qualquer dia amigo eu volto a te encontrar
Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar.
Lá no xilindró do Paraná

Canção da América

Milton Nascimento, Fernando Brant e colaboração especial do Tracinho

25/10/2016 10:09 por William
A mais antiga heroína das histórias em quadrinhos chegando aqui no acervo da Traça! Bécassine. Essa menina é um clássico dos quadrinhos e possivelmente a primeira persongem feminina. Nascida na França no ano de 1905 ela conquistou o mundo com a bondade de seu coração em meio a trapalhadas e muita bagunça. Suas histórias são carregadas de sabedoria através de uma índole inocente e dedicada que é capaz de corajosos atos de bravura. Para quem curte Calvin e Haroldo, Mafalda, Peanuts, entre outros, fica a dica!

Resultado de imagem para bécassine


25/10/2016 09:51 por Marcelo
"Já é uma hora que os anjos vieram te ver
 E ele vai, e ele vai também com você.
 Já são duas horas que os anjos..."

incelência


Saltou a lajota quebrada do assoalho, sábado, abriu as janelas da cozinha para o amarelo gritante do edifício vizinho, os raios de sol feriam-lhe pelo grau de incidência, 75°, "quase uma hora".
                             
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Elevador, o grave do piano sendo arrancado com os dentes do sexto andar, um grito, a janela partida, cordas e teclas pelo ar, na saída do edifício, olhos em chamas, sonata, por cima de quem não viu a queda.

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Duas horas.

25/10/2016 09:19 por William
   Encontra-se nas camadas internas do corpo de mariscos, de lesmas, de polvos, de alguns caranguejos e raras aranhas azuis - sangue azul.
   Na pigmentação dêste sangue, o ferro, que transporta o oxigênio em nosso sangue vermelho, é substituído pelo cobre. E há um elemento mais raro ainda no aparelho circulatório dêsses sêres marítimos: o vanádio, que empregamos nas ligas de aço. Além disso, seus glóbulos sanguíneos encerram o ácido sulfúrico, numa densidade espantosa de 3%. Como se sabe, o ácido sulfúrico é dos ácidos o de maior capacidade corrosiva, capaz de decompor qualquer material orgânico. E, recentemente, ainda, descobriu-se em canais de esgôto, na Inglaterra, bacterias que se servem do ultra-venenoso Cynkali como única fonte geradora de gás carbônico e nitrogênio, e que, nas renovações do tecido, produzem apreciáveis quantidades de amonia.
   As pesquisas sôbre êsses casos singulares nos fornecem interessantes indicações sôbre diferentes e divergentes formas de vida fora do nosso planeta.



Excerto retirado de um fragmento do jornal "Diário de Notícias", do caderno "Suplemento Dominical" encontrado no livro "A Origem da Vida" de A. Opárin. Vale ressaltar que o mesmo jornal foi idealizador da Feira do Livro de Porto Alegre, no ano de 1955, cuja permanência no calendário cultural anual da cidade é ainda notável. O jornal iniciou seu processo de decadência após o suicídio de Getúlio Vargas, sendo vinculado a influência da imprensa nacional para depor o então presidente na época. Encerrou suas atividades em 1979, com a morte de Chateaubriand.


24/10/2016 17:43 por Marcelo
Ricardo chamou ana que chamou aquele
apareceu de dentro não
desforra Ricardo não
entra naquele, não
tenta valente,
Ricardo chamou ana que chamou este,
este chamou aquele aquele chamou outro ana chamou Ricardo:
abraço.

Marcelo Valadão

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