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Diário da Traça

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O Diário da Traça é uma espécie de Twitter privado da Traça - aqui postamos pequenas mensagens sobre o dia-a-dia da empresa, bibliotecas que compramos, novidades do mundo editorial e até alguns de nossos pequenos dramas profissionais.  Uma espécie de balcão de livraria, com aquela conversinha amistosa e simpática.
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03/11/2016 16:45 por Marcelo
O elefante gordo cairá.
Cairá?
A lambreta intrometida soou.
Soará?
O cadáver esquisito levantou.
Já?



03/11/2016 16:02 por Marcelo
Dando uma trégua nos muitos livros de pedagogia que estão passando por aqui, uma bela surpresa da área dos livros novos: "Vozes Guardadas"  de Elisa Lucinda (Record, 2016)  nome já consagrado no meio artístico, mas novo para mim.
Esta é uma edição que contém diversos livros da poetisa, sendo que os dois primeiros da autora foram publicações independentes.
Fiquei curioso e, decididamente, vou dar mais uma olhada.

Senhoras e  senhores, boa noite de véspera de feriado.

03/11/2016 16:02 por Francisco
Estamos com uma baixa de livros para registrar no website, eu creio que as pessoas por aí, não querem vender seus livros queridos. Esse assunto foi leventado esses dias aqui no setor, uma de minhas colegas comentou que achava uma pena uma pessoa vender toda a sua biblioteca de um determinado tema - foi a de pedagogia que já falamos - por quaisquer foram os motivos. Isso me fez pensar, particularmente eu não vejo sentido em manter alguma coisa guardada pelo simples fato de guardar, claro, não me refiro a coleções, pessoas adoram colecionar livros, eu também mantenho minha pequena coleção de livro, gibis, video games entre outras, mas acho que esses objetos tem um propósito, de serem lidos, estudados, jogados e etc. Se essas coisas então simplesmente estocada, elas de nada servem, devem ser passadas para frente, pois um outro alguém deve estar querendo ler a obra que nós temos lá guardada juntando pó, alguém deve estar precisando estudar um determinado volume, alguém deve estar queren jogar aquele joguinho que ta lá pifando no armário. Digo isso por que acho que quando possuimos algo que não terá mais utilidade para nós, devemos oferece-la, vendendo ou doando-a, para quem isso terá utilidade, não faz sentido simplesmente armazenar coisas. Guardar para colecionar, ok, está dando um outro propósito para aquele objeto, mas já vi pessoas venderem coleções completas de objetos, por que o propósito de colecionar já foi cumprido, e penso que isso é que deve ser feito... Enfim, apenas uma reflexão.

01/11/2016 14:10 por William
Somos tão diferentes uns dos outros como cada gota de chuva é para outra.


Nortúmbria, 652 d. C.

01/11/2016 14:09 por William
Um rio de escravos insiste nestas pedras,
erodindo com as mãos a matéria do tempo.
 
Morrem todos nos vãos do esquecimento.


Egito, Século XXVII a.C.


01/11/2016 12:16 por Francisco
Essa chuva repentina realmente deu uma atmosfera apropriada para o dia véspera do Dia dos Finados.

01/11/2016 10:55 por Marcelo
 "- Azeitona no drinque! Pés pra cima da espreguiçadeira. Um conto refrescante! Por que o cientista deve embolorar? "Meu amor, no seu Amor", esse é um baita livro! Se quiser, te empresto! Disse ao colega de laboratório.

 - Tô precisando ir pra praia.

 - A ventania deve passar nos próximos dias.

 - Quem sabe? De qualquer forma, estou sem identidade. Você viu o que fizeram com aqueles turistas sem passaporte?

 - Mas você, apesar de estrangeiro, não é turista. A chance deles te matar é muito menor.

 - Sei... Um drinque com azeitona! Tudo o que eu precisava. Disse o colega, cortando a artéria carótida comum do rato a fim de provocar uma hipoxia esquemia cerebral no ratinho nº402."

(das "Reminiscências Laboratoriais" de Pedro Malamado, Genebra, 2050)

01/11/2016 10:12 por William
A violência contrasta perfeitamente
com o branco da neve através do sangue
derramado em uma junção de cores
que nem Goya jamais conseguiu retratar.

O caminho das armas é sempre o mais curto.


Rússia, 1905.

01/11/2016 09:30 por Vera
Como já foi mencionado por meus colegas, estamos cadastrando uma grande quantidade de livros da área de Educação e Pedagogia, chama atenção alguns títulos de Paulo Freire em alemão. Este é só um exemplo.

31/10/2016 17:08 por William




Estou para a voz
como o vento para o ar.
Vivo perdido no deserto
de uma boca.

Bilhões e bilhões de anos
significam este agora.
No enquanto está
todo o encanto.

E a samambaia cresce
enquanto nos amamos...



William Osmarin

31/10/2016 16:59 por Francisco
Dentre tantos livros que estamos registrando com a temática de pedagogia, docência, competências e construção da formação de alunos e professores, quando o próximo livro da lista é um A História da Riqueza do Homem, isso dá uma alegria tão boa, por quebrar a rotina do assunto que estamos trabalhando desde a manhã, que nos faz pensar sobre esses pequenos prazeres mundanos. São eles que dão um certo ânimo e vivência para o dia.

31/10/2016 15:33 por Rabujo
Feira do Livro começou fraca. Pouca gente e poucas vendas. Vamos ver se, com a chegada dos salários, a coisa melhora, mas não estamos muito esperançosos. O funcionalismo público, tradicional cliente da Feira, anda com o salário contingenciado...


31/10/2016 15:31 por Marcelo
"O empresário, sentado do outro lado da mesa, vomitava cifras ao lado da atriz ensimesmada que numerava seus papéis mais importantes. Diametralmente oposta, a produtora mencionava os próximos compromissos, acompanhada do publicitário, que ilustrava com as mãos as mensagens que iriam garantir a maior audiência de todos os tempos. O mímico, velho amigo do diretor, olhava triste para seu prato de comida, o reverendo discutia consigo mesmo se tais e tais questões do filme seriam sacrílegos, a esposa do diretor, sentada ao lado do mímico, olhava para ele, tão triste como o mímico olhava para seu bife, o ator, que nem havia tocado no prato, depois de verter todo o vinho da taça, virou-se à segunda atriz e sairam da mesa como se livrassem de mãos ao redor do pescoço, como na cena do trânsito."

(das "Felinas Anotações Cinematográficas" de Pedro Malamado, Roma, 1963)


Nota do Organizador: Este excerto foi retirado de uma das obras de Pedro Malamado acerca da efervescente cena do cinema italiano da década de 60 e, principalmente, sobre o diretor Frederick Catinhas, famoso explorador de inconscientes.



31/10/2016 11:40 por Eliana
Semaninha 'curta' começando e por aqui no cadastro, muitos livros sobre educação chegando!
Até rimou.... uma singela homenagem aos colegas poetas aqui do cadastro :)

31/10/2016 10:04 por William




Ninar de Domingo


Sou triste por natureza...

Difícil é ver a imagem de um homem
descendo cambaleante na noite pela rua escura,
 e de cócoras, encostado na parede, se aliviar
    sem papel.

Minha posição
no mundo é privilegiada:

Estou na varanda fumando um cigarro
e tomando chá

(e depois ainda posso
 escrever estas palavras)

A tristeza, por natureza, me faz ver a alegria
   com outros olhos.


28/10/2016 17:02 por Francisco
Eu já li em alguns comentários, especialmente da Estante Virtual, além de ter ouvido recentemente - entre elogios e congratulações sobre o serviço da Traça - pessoas reclamando sobre o nosso hábito de colar as etiquetas auto-colantes nos livros. Eu como um consumidor de livros e amante deles, também acho desagradável a etiqueta na quarta capa do meu querido livrinho, preferiria que não a tivesse, mas galera, vocês sabem quanto sufoco essas etiquetas nos salvam no dia-a-dia aqui do trabalho? Muito! Além de que, elas devem ficar muito bem fixadas nos livros para que o registro e o livro não se percam, e um empresa do tamanho da Traça, se um livro se perder, seria imensamente difícil achar o livro de novo se ele não tivesse uma identificação.

28/10/2016 15:32 por William
   Depois que Peppone confessou a Don Camilo que fora ele mesmo quem lhe dera há uns dois meses atrás umas pauladas sem ser visto, pulando por detrás de uma sebe para desaparecer logo em seguida na escuridão, este o despachou com uma vintena de Padres-Nossos e Aves-Marias. Enquanto Peppone se ajoelhava junto da teia a rezar a ua penitência, Don CAmilo foi ajoelhar-se aos pés do Crucificado:

- Jesus, perdoai, mas eu vou-lhe chegar.
- Nem pensar nisso! - respondeu Jesus. - Se eu lhe perdoei, também tu deves perdoar. No fundo é bom homem.
- Senhor, desconfiai dos vermelhos: são dos que atiram para matar. Reparai nele: não vedes a cara de bandido que ele tem?
-Uma cara como qualquer outra. Don Camilo, tens a alma envenenada.
-Jesus, se algum bem tenho feito, concedei-me só uma graça; deixar ao menos que eu lhe chegue com uma velita... Que vale uma vela, meu  Jesus?
- Não - respondeu Jesus. - As tuas mãos são feitas para abençoar e não para bater.
   Don Camilo suspirou. Curvou-se e saiu, abrindo a cancela.Voltando-se para o altar, para se persignar mais uma vez, achou-se junto às costas de Peppone, que continuava ajoelhado, embebido na sua reza.
- Está bem - gemeu Don Camilo, juntando as mãos e olhando para Jesus. - As mãos são feitas para abençoar, mas os pés não!
- Também é verdade - disse Jesus, do alto do altar-mor. - Mas cuidado, Don Camilo: só um!
   O pontapé partiu, como um raio. Peppone aguentou sem pestanejar; depois levantou-se e suspirou:
- Há dez minutos que o esperava. Agora já me sinto melhor!
- Também eu - exclamou Don Camilo, sentindo o coração aliviado e limpo como céu sereno.
   Jesus não disse palavra, mas via-se que também ele estava contente.


De"Mondo piccolo, Don Camilo e il suo gregge" di Giovannino Guareschi.
 
camillo peppone


28/10/2016 11:38 por William

borges

O vazio proporciona amplidões que seriam inacessíveis se não fosse pelo caminho da solidão. Deixo claro que não é aquela solidão triste, nem uma dor amarga, mas sim um estudo de alma profundo, onde se reconhece a vida através do pensamento e da emoção, que em realidade são a mesma coisa. Quando eu era criança me surgiu naqueles dias da infância, a seguinte contemplação, que só encontrou as palavras certas por meio de outras vozes; mas era mais ou menos assim:

"Todos os dias de ontem já foram hoje, e os de amanhã também o serão."

Não sei o porquê, mas esse pensamento trouxe junto uma forte sensação de presença no universo, me aproximando de todas as vidas que já foram, são e vão ser, compartilhando de suas glórias e dores. Áquela época ainda não fazia idéia do que era a poesia, e nem sabia da existência de James Joyce ou Jorge Luis Borges. Nem imaginam então, tamanha foi a alegria que se materializou em lágrimas ao ler este poema....



James Joyce


Num só dia do homem estão os dias
do tempo, desde aquele inconcebível
dia inicial do tempo, em que um terrível
Deus prefixou os dias e agonias
até o outro em que o rio ubíquo
do tempo secular torne à nascente,
que é o Eterno, e se apague no presente,
no futuro, no ontem, no que ora possuo.
Entre a aurora e a noite está a história
universal. E vejo desde o breu,
junto a meus pés, os caminhos do hebreu,
Cartago aniquilada, Inferno e Glória.
Dai-me, Senhor, coragem e alegria
para escalar o cume deste dia.

Cambridge, 1968
Jorge Luis Borges



Desde então descobri que a poesia fala por mim.

28/10/2016 11:01 por William

teodora

Poema para Teodora


Teodora meu amor
Teodora do bordel
Do palco ao lupanar
Desde sempre a vagar

Teodora meu amor
Teodora soberana
Viva vossa majestade!
Puta e Santa!

Até hoje não sei quem és
E mais de um milênio se passou
Entre danças e andanças no deserto
Mascateanado prazer e dor

Do Chipre a Síria
Constantinopla, Alexandria
Mas não era em nenhum local
dos mapas em que estava
   a verdadeira vida

(pena que Deus só lhe deu
três orifícios para o êxtase)

Até o sol vergou ante tua presença
ao refletir o sangue daqueles que morreram
pelo teu olhar

E a lua agradeceu por guardar suas
companheiras ao protegê-las de serem
vendidas por um par de sandálias rotas

Prostituta, atriz, assassina, imperatriz
Dos teus pedaços se compõe este mosaico
O mais belo que figura imponente ao lado de Jesus

Santa! Pois que bebeu do cálice das fezes
E alcançou o solene nas ruas fétidas de Bizâncio

Em camas duras de pedra, entre abortos e homens sujos
  entretendo escravos e cortesãos.



William Osmarin

 

27/10/2016 17:30 por Francisco
Dia conturbado hoje aqui no QG da Traça. Não por um erro catastrófico com o registro de um livro, ou uma entrega que não foi feita, ou algum problema com a clientela, mas esse vento que chegou a mais de 50 KM por hora em Porto Alegre afetou o nosso fornecimento de energia e bagunçou bastante a nossa intranet e sistemas de computadores, porém o setor de TI já normalizou tudo. Amanhã tomara que não aconteça de novo.

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